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” Mais do que uma recusa em fazer parte na violência contra os animais não – humanos para obter comida, roupa, etc., o veganismo é uma recusa em participar na violência que afeta a sociedade como um todo. O veganismo trabalha para expor e acabar com a súbita indoctrinação da indústria da sociedade capitalista, que deseja des-sensibilizar a humanidade sobre a violência contra a maioria, para o ganho de uma minoria. É absurdo pensar que uma sociedade que oprime animais será capaz de se tornar numa sociedade que não oprime pessoas. Reconhecer a opressão animal torna-se pré requisito para uma mudança social radical”.

 

 

Roda de capoeira II

30/08/2015 – mais um dia de capoeira e amizades no Parque Peruche, zona norte de São Paulo (SP)

 

 

Respondemos violentamente à violência que nos atinge no dia a dia. Nós respondemos a pobreza, a fome, a exploração, a brutalidade policial e cada um daqueles momentos em que nos lembramos que somos marginalizadxs pela vida.Porque nós crescemos do povo oprimido e devastado pela pobreza, com salários de miséria, escritórios e escolas indignos convertidos em máquinas domesticação. Nós fazemos as ações com as nossas mãos cheias de gasolina , para mostrar que nenhuma ação ofensiva contra as nossas classes oprimidas será em vão, nem esperaremos por migalhas de poder. Nós não acreditamos na justiça.
Não esperamos nada de ninguém, porque não temos nada. E é esse sentimento de ódio e ressentimento que nos motiva a acreditar que somos capazes de formar uma sociedade separada desta e com nossas próprias mãos.Nós colocamos nossas vidas em risco, sabendo que nossxs filhxs que vão continuar com a nossa luta.
Uma luta interminável para a destruição total desse aparato de poder.
Aos policiais bastardos que reprimem nossas ações, há de ficar explicito que estamos dispostxs em dar nossas vidas, nós não hesitaremos um segundo para incendiar seus uniformes, veiculos, blindados e todos aqueles que se comportam como tal. E, assim estaremos como sombras da escuridão, sedentos por vingança, esperando o menor vacilo para empreendermos o fogo. Nem um passo atrás. Firmes e decididos!

 

Tupinambás – O Retorno da Terra no CCM

Aconteceu no CCM ( Centro de Cultura Marginal ) a apresentação do documentário: Tupinambás – O Retorno da Terra seguido de um interessante e enriquecedor bate papo com a antropóloga e diretora do documentário, Daniela Fernandes Alarcon. O Núcleo Audiovisual Maria lacerda de Moura gostaria de agradecer a parceria realizada com os coletivos Desobediência Sonora, Hardcore Sem Patria e casa Mafalda pela possibilidade de concretização dessas atividades que aconteceram durante esses dois dias. Fica aqui também nosso imenso agradecimento à Daniela Fernades Daniela Fernandes Alarcon pelas informações, pela simpatia e disponibilidade em estar compartilhando o seu lindo e necessário trabalho de pesquisa junto aos Tupinambás.

Grato à todxs que de alguma nos ajudaram a realizar essa atividade!

Tupinambás, resiste!!

podcast com a antropóloga Daniela Alarcon

O Núcleo Audiovisual Maria Lacerda de Moura juntamente com o coletivo Desobediência Sonora realizaram nesse sábado, na Casa Mafalda, 22/08/2015 o podcast de numero 85. Tivemos o prazer de receber a antropologa Daniela Fernandes Alarcon para nos contar um pouco sobre sua pesquisa de mestrado junto aos Tupinambás e todo o processo da incansável e determinada resistência desse povo contra a invasão e roubo de suas terras pelos fazendeiros locais e toda a propaganda racista e criminalizante promovida pelos grandes meios de comunicação de massa. O documentário; Tupinambá – O Retorno da Terra tem a função de dar voz e tem como principais protagonistas os próprios Tupinambás.

Amanhã, dia 23 de agosto , domingão, tem mais bate papo com Daniela Alarcon e exibição do documentário: Tupinambá – O Retorno da Terra no CCM ( Centro de Cultura Marginal) às 17:00 hs. Vamos colar gente é entrada LIVRE!!.

Tupinambás – O retorno da Terra

O Nucleo Audiovisual Maria Lacerda de Moura, em parceria com os coletivos Desobediência Sonora e o Hardcore Sem Patria, realizarão entre os dias 22 e 23 de agosto de 2015 entrevista, exibição e debate referente ao ducumentário Tupinambá – O Retorno da Terra surgido à partir da pesquisa de campo da antropóloga Daniela Alarcon.

Arte by Gi Rassol

podcast do AMPARAR

Imagens captadas no dia 06/08/2015 referentes a construção coletiva do primeiro podcast, rádio na internet, da AMPARAR ( Associação de Familiares e Amig@s de Presos/as). O Núcleo Audiovisual Maria Lacerda de Moura esteve presente fazendo o registro da primeiras falas, poesias, informes e ações do podcast da AMPARAR.

O que é a AMPARAR?

A Amparar é uma associação de familiares e amigxs de presxs e egressxs prisionais que se uniram para denunciar todas as violências que ocrrem contra as pessoas presas e suas famílias.

Como surgiu a AMPARAR?

A Amparar surgiu à partir da organização de familiares de presos, que estavam cansados de sofrerem humilhações nos dias de visitas e cansados de verem sues filhos, maridos e irmãos sofrerem violências, falta de assistência médica e jurídica dentro das prisões.

Fogão a Lenha

Fogão a Lenha na casa de dona Joana em uma tarde de agosto de 2015 em Mogi Guaçu (SP)

Fogão a Lenha…

Estalo,

retalho,

fumaça

e café.

Eu e meu amigo,

conversando na beira

das histórias de um fogão a lenha.

Leve.

Felizes.

Saudosos.

Meninos.

Caneca na mão.

Nos olhos um sorriso.

Alma sentada

e corpo de pé.

Comunidade Cinematográfica com Ayotzinapa

Passando aqui pra divulgar mais uma atividade de nossos companheirxs mexicanxs que ocorrerá no dia 07/08/2015.

podcast com o coletivo DAR

O coletivo DAR – Desentorpecendo a Razão esteve presente no dia 28/07/2015 para a entrevista na 84 edição do podcast Desobediência Sonora. E mais uma vez o Núcleo Audiovisual Maria Lacerda de Moura esteve registrando a entrevista.

O que é o DAR?

Diante de uma razão entorpecida pelo senso comum e pela ideologia dominante, que vê nas “drogas” o grande problema da sociedade e opta por uma proibição arbitrária e ineficaz, nossa opção foi por nos organizar. Organizar-nos para desentorpecer a razão, buscando alternativas para a atual conjuntura proibicionista, responsável por toda a violência e corrupção que envolvem o comércio de substâncias ilícitas tão desejadas por grande parte das pessoas ao redor do planeta.

A proibição das drogas interessa aos oligopólios que transformam e distribuem tais substâncias, uma vez que dá margem aos imensos lucros inerentes a um comércio com tamanha demanda; aos policiais e governantes corruptos, que são parte da folha de pagamento do tráfico; aos interesses imperialistas dos Estados Unidos, presente militarmente em diversas partes do globo supostamente para combater o tráfico de drogas; ao Estado, que a utiliza de maneira a segregar, encarcerar e mesmo assassinar setores excluídos da sociedade; ao setor financeiro internacional, sustentado por uma complexa rede de corrupção e lavagem de dinheiro; aos donos de clínicas, à indústria farmacêutica e todos aqueles que lucram com a desinformação alheia.

Não interessa a nós, que buscamos um mundo mais justo e igualitário, livre de opressões e violência. Mundo no qual as pessoas sejam livres para decidir o seu destino, e que possam fazê-lo com base na pluralidade e diversidade de opiniões, com respeito à diferença e à individualidade.

Buscar alternativas à proibição não é uma tarefa apenas dos usuários de drogas e contestar o proibicionismo não é defender ou fazer apologia ao uso de drogas. Ao criar mecanismos que propiciam tanta violência, é a lei que faz apologia ao crime; nossa apologia é pela paz.

Felizmente o horizonte de mudanças no que diz respeito à política de drogas no mundo é inegável. A avaliação de que a guerra às drogas fracassou (seja no suposto objetivo de diminuir o consumo, seja na ajuda ao tratamento do abuso do uso de psicoativos) tem se feito cada vez mais presente, nos âmbitos nacional e internacional. O sucesso das políticas europeias pautadas por estratégias de redução de danos, aliado aos péssimos resultados concretos das intervenções estadunidenses na América Latina e às reprovações à guerra às drogas formuladas em conferências da ONU, levaram diversos países a reformar suas políticas de criminalização das drogas.

Setores conservadores, que já influíram em duras políticas repressivas e de encarceramento no tocante às drogas, hoje admitem publicamente o equívoco do proibicionismo e chegam a propor alternativas, mas sem nunca ir ao fundo do problema e questionar a proibição também em seu aspecto de controle social. Diante desse contexto, vemos a necessidade de marcamos posição dentro do cada vez mais amplo espectro do chamado antiproibicionismo.

Defendemos que as alternativas sejam construídas através do diálogo entre os diversos setores da população, nunca de cima para baixo. Enquanto integrantes de um movimento social, acreditamos que é a luta social que deve pautar os ordenamentos jurídicos e legislativos, nunca o contrário. Diferentemente de setores que defendem mudanças limitadas – e que em verdade pouco mudam, enxergamos no antiproibicionismo um horizonte de alternativas que parte da crítica da criminalização dos pobres, do encarceramento e do assassinato dos setores pobres da população sob a justificativa de combate às drogas, e apontamos para a necessidade de uma emancipação social que preze a autonomia de cada um na escolha do que fazer com seu próprio corpo.

Não nos colocamos lado a lado, portanto, com propostas que apenas descriminalizem o usuário e mantenham a legitimidade da repressão aos supostos traficantes, pois vemos claramente qual o setor social que permanecerá penalizado. Nos diferenciamos também daqueles que ignoram que o uso de psicoativos é inerente à existência humana e que veem em qualquer usuário de drogas alguém que necessariamente precise de tratamento, num enfoque que retira a repressão da Justiça mas a transfere para o controle através do saber médico. Tampouco acreditamos em tratamento compulsório, pois entendemos que só no âmbito da autonomia e da liberdade é possível alterar consciências.

Sabemos dos sérios problemas causados pelo abuso no uso de certas substâncias hoje ilícitas, assim como sabemos dos mesmos, muitas vezes mais sérios, problemas no abuso de substâncias lícitas. A questão é que a repressão já se provou ineficaz para combater esses problemas, que devem ser discutidos em âmbitos distantes da criminalização e militarização.

Apesar do Coletivo DAR ter se formado a priori a partir da negativa do proibicionismo, ele se coloca também na negativa do sistema no qual estamos inseridos, incontestavelmente desumano, injusto, inaceitável. Dentro do antiproibicionismo não nos abstemos de ideais de transformação social. Defendemos uma perspectiva antiproibicionista sim, mas também libertária, anticapitalista, antiautoritária, antimercadológica. Que pense poder, repressão, saúde, teoria, organização, Estado, classes, gênero. Ainda que nosso foco de atuação seja na luta pela legalização de todas as drogas, nos vemos dentro de um âmbito mais amplo de luta por outra sociedade, ao lado do movimento feminista, LGBTT, da luta antimanicomial, ambiental, por mobilidade, livre expressão e manifestação do pensamento e de tantos outros que estão resistindo e buscando um mundo melhor.

Não queremos, portanto, um mundo injusto onde as drogas sejam justamente legalizadas, mas sim outro mundo onde, como dizem os zapatistas, caibam muitos mundos. Assim, partindo da premissa que temos um lado, pautamos nossa atuação cotidiana pela horizontalidade, pelas perguntas, pela busca da transformação.

Somos um coletivo permanentemente aberto a novos membros e contribuições, organizado SEM hierarquia ou ligação com grupos religiosos, empresas e partidos políticos. Nossa proposta é travar o debate com sociedade na busca por uma outra mentalidade, é desnublar uma questão há tantos anos envolvida em argumentos moralistas e interesses econômicos, é desentorpecer a razão, para que, a partir daí, finalmente façamos uso dela na hora de organizar outro tipo de sociedade.